Yôga – o elixir da vida

Nos últimos anos, a sociedade ocidental tem-se interessado em investigar de que forma o yôga pode ser usado como ferramenta para um envelhecimento saudável. Fundamentalmente, trata-se de cultivar quatro ferramentas essenciais através de uma prática regular de yôga.

As duas primeiras ferramentas são a resistência e a flexibilidade sustentadas. Não queremos apenas ter um corpo forte, é necessário acompanhá-lo de uma mente e espírito, que possuam também flexibilidade e força emocionais. A harmonia entre estas duas metas permite -nos a estabilidade e a força quando necessário. A força sem flexibilidade torna-se vazia… até as grandes árvores se têm de adaptar aos grandes vendavais dobrando com flexibilidade, na medida certa, os seus galhos.

Estas ferramentas ou capacidades são essenciais à medida que envelhecemos, uma vez que o próprio processo de envelhecimento leva a uma perda de força física e flexibilidade, que se pode refletir e influenciar os nossos sistemas cognitivos e emocionais. Quando olhamos para a força muscular, especificamente, o envelhecimento do corpo começa pela perda de massa muscular por volta dos 50 anos, mas em algumas circunstâncias, pode iniciar-se aos 30 anos. O processo é conhecido como “sarcopenia”, ou a perda degenerativa de massa muscular esquelética, e é parte do processo de envelhecimento.

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Um estudo de 2011 realizado na Universidade de Michigan mostrou que o exercício de resistência progressiva é eficaz no combate à perda normal de massa muscular e respectiva função, à medida que envelhecemos. Normalmente, este tipo de exercício é feito com pesos ou máquinas. No entanto, a prática de yôga através dos seus ásanas executados lentamente, levam o músculo e as articulações através de uma gama completa de movimentos, ao mesmo tempo que utilizam o peso do próprio corpo para trabalhar e fortalecer os músculos.

Para além de tudo isto, a construção da força mental e emocional pode ser alcançada através da prática de meditação. Um programa concebido por um psicólogo da Universidade de Stanford e professor de yôga, Kelly McGonigal, mostra o quão simples e eficaz resultam as práticas diárias de meditação, relativamente curtas, aumentando o tamanho do córtex pré-frontal e desenvolvendo a reflexão e o autocontrolo. Certifica-te que a meditação é parte integrante da tua prática regular de yôga!

Por vezes, somos levados a acreditar que é necessário possuirmos um grande grau de flexibilidade para integrarmos uma turma de yôga. Contudo isto não é verdade. Não importa em que ponto começamos, o importante é que comecemos! Ao longo da prática irás notar que a tua flexibilidade se expande para além do que julgavas ser o teu limite. Isto é especialmente importante à medida que envelhecemos, devido às mudanças que acontecem nos nossos corpos causando rigidez e tensão muscular, nas articulações e no tecido conjuntivo.
No entanto, se iniciarmos e mantivermos uma prática regular de yôga, o simples acto de mover as articulações através de uma gama completa de movimentos, promove uma melhor transferência de água e nutrientes para a cartilagem, discos intervertebrais e espaços articulares, mantendo-os saudáveis ​​e permitindo uma maior flexibilidade.

As alterações mentais e emocionais cursam, concomitantemente, com o processo de envelhecimento: tendemos a tornar-nos mais rígidos quer ao nível mental, quer ao nível sentimental. A observação demonstra que as pessoas que começam a praticar yôga com regularidade, experimentam uma maior flexibilidade no corpo e na mente, com efeitos benéficos no trabalho e nos relacionamentos.

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