A imagem comum do praticante de yôga como um pretzel tem os seus prós e contras. Pode intimidar algumas pessoas e mantê-las longe do yôga por julgarem que nunca irão alcançar tamanha flexibilidade. Para outros, a ideia do ásana perfeito é uma grande ferramenta de motivação.
Como professores, queremos ver os alunos num trabalho contínuo de aperfeiçoamento do ásana, mas mais do que isso, queremos vê-los totalmente conectados com a prática, com o corpo e com a mente, pois o yôga é mais do que os ásanas!
Tudo o que temos a fazer é trazer consciência para a respiração enquanto praticamos yôga. Numa prática de ásanas, não há muito mais a fazer do que respirar, seguir algumas dicas de alinhamento e desafiar os nossos limites físicos e mentais.
Na nossa sociedade tão competitiva é fácil querer ultrapassar rapidamente os limites e alcançar a pose perfeita. Eis alguns dos motivos para evitar este comportamento:
Aulas de yôga: Sem nota final e sem avaliação!
O yôga não se trata de impressionar os outros ou a nós mesmos. Temos objectivos maiores do que colocar o tronco sobre as pernas ou realizar o bakasana perfeito! O yôga leva o corpo aos seus limites, respeitando-os. Quer realizes a postura na perfeição ou não, há sempre uma tomada de consciência, há algo a reter e a aprender sobre ti mesmo e sobre o teu corpo. Este é o objectivo major do yôga.
Treinando o sorriso interior
Aprendemos mais sobre nós próprios a cada respiração e experimentamos uma variada gama de emoções durante a prática de yoga. Determinação, decepção, frustração, intensidade e exaustão são sentimentos normais. Em vez de nos identificarmos com eles, devemos reconhecê-los e mudar a perspectiva. Se tropeçarmos ou cairmos, então procuremos sorrir e voltar para cima.
O caminho constrói-se passo a passo e assim é o yôga. Aula após aula, vamos desenvolvendo força e flexibilidade, até que um dia, sem qualquer esforço ou expectativa, aquela postura que parecia impossível emerge naturalmente!